terça-feira, 19 de maio de 2020

Professora Ana Eliza - História    19/05/20

Atividades para os 6 Anos
Aula revisão capitulo 1 do livro didático História.

Tema : Por que estudar História

Marcação do tempo: tempo cronológico, tempo histórico, tempo da natureza.

As fontes históricas e o historiador.

A aula  abordada no centro de mídias é uma revisão do que já foi abordado em sala de aula antes de estarmos em confinamento.

A aula  abordada no centro de mídias é uma revisão do que já foi abordado em sala de aula antes de estarmos em confinamento.

O texto a seguir é um texto complementar para ajudá-los na compreensão do tema.
As atividades do já foram solicitadas anteriormente.
Em caso de dúvidas estou a disposição.

O que é a História?

O conceito de História afirma que trata-se de uma ciência que estuda o desenvolvimento do homem ao longo do tempo. Desse modo, precisa analisar os personagens envolvidos nos processos, os fatos ocorridos e, assim, entender todos os períodos históricos.

Para os gregos antigos, os criadores desta ciência, História significava investigação e pesquisa. Por meio dela, buscavam os vestígios do passado, incluindo as glórias e tragédias vividas pelos ancestrais.

Quando mencionamos entender os períodos históricos, incluímos a compreensão da sociedade, cultura, economia, política e todos os fatores envolvidos. Quem realiza esse trabalho é o historiador, bacharel em História que analisa fatos e produz conhecimento.

Diz-se que o primeiro historiador foi o grego Heródoto e, por isso, considerado como o “pai da História”. Foi o pioneiro em investigar o passado para chegar ao conhecimento histórico. Porém, foi Tucídides que primeiro aplicou os métodos críticos.

Entre eles, estavam o cruzamento de dados e uso de fontes diferentes. O estudo dos registros históricos é chamado de Historiografia enquanto a Historiologia estuda o porquê dos fatos ocorridos.

O estudo da História não pode ser objetivo pois, está sempre pautado em critérios e métodos correspondentes a diversos autores. Além disso, considera o contexto sócio-histórico que dão lugar aos processos diversos.

Pra que serve a História?

O próprio conceito traz um pouco da História que se propõe a fazer, ou seja, resgatar e relatar os aspectos culturais de uma região ou sociedade. O objetivo de entender o passado é, justamente, compreender o presente a partir do processo de desenvolvimento.

Desde os primórdios de seu uso, a História busca reconstruir fatos históricos no intuito de não deixar a memória de um povo ou nação morrer e, com isso, da própria civilização. Por isso, sempre esteve presente em todas as sociedades.

Nesse contexto, pode apresentar-se de diferentes formas, sendo as principais a história narrativa, pragmática, científica e história dos Annales. Em todas elas, o objetivo principal é relacionar o passado com o presente, em uma tentativa de entender a sociedade atual.

Quais fontes o historiador utiliza?

O trabalho do historiador é pautado sobre dois períodos, sendo eles a Pré-História e a História. Na primeira, ele se baseia em fontes artísticas (esculturas, pinturas rupestres, adornos) e materiais (ferramentas, ossos, objetos de pedra, cerâmica e fósseis).

Suas fontes se ampliam ao estudar a História ao dispor de roupas, livros, imagens, registros orais e documentais, moedas, objetos materiais, gravações, jornais, entre muitos outros.

Quais são os períodos históricos?

Para facilitar o estudo da humanidade, a História foi dividida em diversos períodos até chegar aos dias de hoje. Veja quais são:
Pré-História (Paleolítico, Mesolítico, Neolítico e Idade dos Metais): período anterior a 4.000 a.C e ao surgimento da escrita
Idade Antiga ou Antiguidade: entre 4.000 a.C e 476 com a invasão do Império Romano
Idade Média ou Período Medieval: entre 476 e 1453 com a conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos
Idade Moderna: entre 1453 e 1789 com a Revolução Francesa
Idade Contemporânea: desde 1789 até hoje

Áreas auxiliares

O historiador não trabalha sozinho e, para compreender todo o processo histórico, conta com cientistas pertencentes a outras áreas correlatas. Entre elas, podemos mencionar:

Paleografia: estudo das escritas antigas
Arqueologia: estudo da cultura material de povos antigos
Psicologia: estudo do comportamento humano
Numismática: estudo das moedas e medalhas
Heráldica: estudo de brasões e emblemas
Paleontologia: estudo dos fósseis
Antropologia: estudo do homem e suas relações
Biologia evolutiva: estudo da origem e descendência das espécies, bem como sua evolução
Teologia: estudo da natureza do divino, atributos e relação com os homens
Papirologia: estudo dos papiros (escritas) antigos
Cartografia: estudo dos mapas e cartas geográficas.

Tempo cronológico e tempo histórico

O tempo é uma questão fundamental para a nossa existência. Inicialmente, os primeiros homens a habitar a terra determinaram a contagem desse item por meio da constante observação dos fenômenos naturais. Dessa forma, as primeiras referências de contagem do tempo estipulavam que o dia e a noite, as fases da lua, a posição de outros astros, a variação das marés ou o crescimento das colheitas pudessem metrificar “o quanto de tempo” se passou. Na verdade, os critérios para essa operação são diversos.

Definição de tempo histórico

O tempo empregado pelos historiadores é o chamado “tempo histórico”, que possui uma importante diferença do tempo cronológico. Enquanto os calendários trabalham com constantes e medidas exatas e proporcionais de tempo, a organização feita pela ciência histórica leva em consideração os eventos de curta e longa duração. Dessa forma, o historiador se utiliza das formas de se organizar a sociedade para dizer que um determinado tempo se diferencia do outro.

Seguindo essa lógica de pensamento, o tempo histórico pode considerar que a Idade Média dure praticamente um milênio, enquanto a Idade Moderna se estenda por apenas quatro séculos. O referencial empregado pelo historiador trabalha com as modificações que as sociedades promovem na sua organização, no desenvolvimento das relações políticas, no comportamento das práticas econômicas e em outras ações e gestos que marcam a história de um povo.

Além disso, o historiador pode ainda admitir que a passagem de certo período histórico para outro ainda seja marcado por permanências que apontam certos hábitos do passado, no presente de uma sociedade. Com isso, podemos ver que a História não admite uma compreensão rígida do tempo, em que a Idade Moderna, por exemplo, seja radicalmente diferente da Idade Média. Nessa ciência, as mudanças nunca conseguem varrer definitivamente as marcas oferecidas pelo passado.

Importância das duas formas de tempo

Mesmo parecendo que tempo histórico e tempo cronológico sejam cercados por várias diferenças, o historiador utiliza a cronologia do tempo para organizar as narrativas que constrói. Ao mesmo tempo, se o tempo cronológico pode ser organizado por referenciais variados, o tempo histórico também pode variar de acordo com a sociedade e os critérios que sejam relevantes para o estudioso do passado. Sendo assim, ambos têm grande importância para que o homem organize sua existência.

SOUSA, Rainer Gonçalves. "Tempo cronológico e tempo histórico"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historia/o-tempo-cronológico-tempo-histórico.
htm. Acesso em 06 de maio de 2020.

Tempo da natureza: Não depende da vontade humana, ele passa e é irreversível. Esse tempo pode ser percebido pelo envelhecimento das pessoas.

Tempo cronológico: Obedece às regras humanas. Esse tempo é divido em unidades de medida criadas pelo ser humano, como segundos, minutos, horas, dias, meses, anos etc. O tempo cronológico é um produto cultural, pois foi criado pelo ser humano e pode variar de uma época para outra ou em sociedades diferentes.

Tempo histórico: Acompanha os ritmos das transformações sociais: umas são mais rápidas, outras mais lentas. O tempo histórico não se confunde com o tempo cronológico, pois a cronologia é apenas uma ferramenta usada para organizar os fatos históricos no tempo.

Qual a diferença entre tempo natural e tempo histórico?

Vamos entender como os dois se relacionam e se complementam
 História - Informação Contextualizada | Ensino Fundamental Anos Finais
"A História é a ciência do homem no tempo", já diria o historiador Marc Bloch. Para que possamos entender os sentidos da História, é necessário refletirmos a respeito do conceito que forma suas bases, o tempo, e compreendermos os seus diferentes significados.

Você sabe qual é a diferença entre o tempo natural e o tempo histórico?

O tempo natural é aquele que não depende necessariamente da intervenção humana
Nos estudos da Biologia ou da Geografia, podemos aprender conteúdos que nos levam a conhecer como a Terra originou-se, suas condições geológicas, a formação das primeiras formas de vida, o surgimento dos dinossauros e outros seres de grande porte e, depois, seu desaparecimento. Todos esses temas fazem parte daquilo que conhecemos como tempo natural, pois é o tempo que não depende da experiência humana e não a influencia, necessariamente.

Ao começarmos a estudar a História, os livros didáticos nos colocam geralmente de frente a termos como "Pré-História", ou seja, o momento em que os homens desenvolviam uma forma de vida primitiva. Tais assuntos, mesmo que de forma distante, nos trazem a importante noção de que ocorreu um processo longo e complexo de transição entre a natureza puramente biológica do homem para o desenvolvimento da humanidade, ou seja, da vida do homem em sociedade. A inserção científica do homem no mundo natural pode ser vista principalmente quando estudamos as nomenclaturas que encaixam o ser humano dentro da escala evolutiva da natureza, como Homo sapiens, Homo Sapiens sapiens e Homo erectus.

Heráclito usa a metáfora do tempo para dizer que "nenhum homem passa duas vezes pelo mesmo rio"
Mas o que possibilitou ao homem a vida em sociedade, a produção da cultura e a escrita de narrativas foi o tempo histórico, que pode ser entendido como aquele que faz parte do desenvolvimento humano e suas formas de organização (economia, sociedade, política, cultura). Muitos estudiosos defendem que o modo como o homem vê o tempo é mais doloroso do que qualquer outro animal, visto que ele é o único que tem consciência da própria morte.

O conhecimento dos primeiros símbolos pré-históricos, da mitologia e dos ritos das culturas primitivas permitiu que os historiadores descobrissem esse modo de encarar a passagem do tempo, encarado como aquele que tudo corrói e tudo leva. Muitos povos utilizavam a metáfora do rio caudaloso de que tudo destrói para tratar sobre os efeitos do tempo. Nos primórdios da filosofia, Heráclito utilizou-se desse recurso para afirmar que "um homem não pode banhar-se duas vezes no mesmo rio", visto que nem o homem nem o rio serão os mesmos, pois tudo é passageiro. 

Uma das principais características do tempo histórico é a diferenciação entre o que é permanente (princípios políticos, leis morais, valores etc.) e o que é mutável. Esse modo de intuir o tempo permitiu ao homem desenvolver sua consciência história e a necessidade de registrar os acontecimentos (já que eles se transformam), a fim de que eles não se perdessem com o passar dos anos e não caíssem no esquecimento, como afirmava Heródoto, considerado o "pai da História".


Atividade 1

Após a leitura dos textos, assista os vídeos a a seguir, para ajudá-los na compreensão dos temas.
Responda as questões a seguir no caderno.
1) O que é história para você?
2) Para que serve a história?
3) Explique de que forma o historiador tem condições de acessar o passado?
4) O que é tempo histórico, e tempo cronológico?
5) Explique a diferença entre tempo natural e tempo histórico.
6) O que são fontes históricas?
7) Cite os tipos de fontes históricas citadas no vídeo ?
8) Cite pelo menos três disciplinas que auxiliam os historiadores no seu trabalho.

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