Recuperação 2º bimestre – 2º anos: A/B/C/D/E/F/G/H
– Sociologia- Profª Maria José
Data de entrega: 10/08 – Recuperação para os alunos
que de alguma forma não enviaram as atividades.
Nome:
nº serie:
Indústria Cultural
O que é
Indústria Cultural? O tema
também é importante para compreensão da produção artística contemporânea.
O conceito
de indústria cultural foi desenvolvido por Theodor Adorno e Max
Horkheimer no final do século XIX e início do século XX. Os estudiosos
analisaram os impactos dos avanços tecnológicos proporcionados pela Revolução
Industrial e o capitalismo no mundo das artes.
O que é Indústria Cultural?
O
conceito desenvolvido por Adorno e Horkheimer se refere à
ideia de produção em massa, comum nas fábricas e indústrias, que passou a ser
adaptada à produção artística. É uma nova concepção de se fazer arte e cultura,
utilizando-se técnicas do sistema capitalista.
Dessa
maneira, músicas, filmes, espetáculos e outras obras, são desenvolvidos sob a
lógica de produção em massa. Há um pensamento dominante que passa a influenciar
o modo como os artistas produzem e como os telespectadores consomem a cultura.
Nesse conceito, um quadro ou uma música são reproduzidos de forma padronizada,
mesmo que possuam cores e estilos diferentes.
Segundo
os autores, o objetivo da indústria cultural é o lucro e
manutenção do pensamento dominante. Assim, a cultura passa a ser uma massa de
manobra da população, que precisa ser mantida presa na ideologia dominante.
Origem da Indústria Cultural
Os
sociólogos alemães Adorno e Horkheimer escreveram o livro “Dialética do
esclarecimento”, cujo um dos capítulos aborda a noção de Indústria Cultural, no
ano de 1944. Nesse período, o mundo testemunhava a consolidação dos regimes
totalitários, como o Nazismo. Os próprios estudiosos precisaram se refugiar em
outros países.
Todo esse
cenário político influenciou os intelectuais a refletir como a cultura
também pode ser utilizada para legitimar determinados interesses. Os
autores acreditam que a Indústria Cultural trata as pessoas como simples
consumidores, acríticos, que são definidos a partir dos produtos consumidos,
incluindo a produção artística.
Nesse
sentido, a Indústria Cultural define os produtos culturais, a sua quantidade e
o tipo a ser consumido. Ela se encontra a serviço das classes dominantes, por
isso ela é gerenciada de acordo com as suas necessidades e interesses. Assim, é
promovido um padrão no qual as manifestações culturais devem se adequar para
fazerem sucesso.
Características da Indústria Cultural
Nesse
cenário, a indústria cultural passa a ser um mecanismo de controle dos
indivíduos. A sua imposição acontece de cima para baixo e tem como objetivo
padronizar, homogeneizar e fortalecer os valores capitalistas de consumo
perante as grandes massas. Para isso, a própria indústria trabalha em prol da
alienação das pessoas. Através dela é possível homogeneizar os gostos e
interesses pessoais para que os produtos sejam consumidos sem uma reflexão a
seu respeito.
Características
da indústria cultural:
- O lucro
é a sua finalidade
-
Padronização dos gostos e interesses dos consumidores
-
Massificação dos produtos
-
Produtos fáceis de serem consumidos
-
Homogeneização dos produtos (filmes, músicas, novelas, peças, etc são
semelhantes e, por isso, acabam fazendo sucesso).
Escola de Frankfurt
A Escola
de Frankfurt foi um espaço de debate criado por cientistas sociais que buscavam
debater diferentes questões da sociedade. Eles estudavam novas possibilidades
que explicassem o desenvolvimento social da época, visto que acreditavam que a
teoria marxista tradicional não dava conta de explicar o cenário das sociedades
capitalista no século XX.
Os
pesquisadores, autores e sociólogos da Escola de Frankfurt criaram a Teoria
Crítica, com bases na ideologia marxista. Além de ser uma oposição ao
Iluminismo, a Teoria Crítica revelava o direcionamento das críticas da Escola
de Frankfurt a uma ordem política e econômica do mundo.
Indústria Cultural no Brasil
Apesar do
conceito ter sido desenvolvido no século passado, ele ainda pode ser plicado na
atualidade. A consolidação da indústria cultural no Brasil aconteceu de forma
tardia. Durante a década de 1970 vários pesquisadores passaram a se interessar
pelo tema e estudar os seus desdobramentos no país. Aqui a televisão e a sua
influência na sociedade brasileira estiveram presente em diversos estudos, inclusive
empíricos.
Trazendo
para uma realidade mais recente, pode-se falar da internet e das redes sociais
como novos sujeitos da comunicação na atualidade. O fenômeno das Fake News -
notícias falsas - é um bom exemplo de como a comunicação, a depender do modo
como seja utilizada, pode ser prejudicial à sociedade.
Outro
fator interessante é notar as características da produção artística em massa na
cultura brasileira. Na música, por exemplo, é possível notar o surgimento de
novos cantores, com trabalhos que apresentam batidas e melodias semelhantes.
Questões sobre Indústria Cultural
UEM
PR/2014)
1-Ao lado
de outros produtos da Indústria Cultural, o cinema, com sua linguagem
aparentemente acessível e com sua facilidade de distribuição e de exposição ao
grande público, desempenhou papel importante como instrumento de divulgação
ideológica. Sobre a relação do cinema com o contexto político-social, assinale
o que for correto.
a) O
cineasta Sergei Eisenstein não se restringia a contar histórias em seus filmes,
preferindo usar a montagem de forma mais metafórica do que narrativa, evocando
conceitos nas mentes dos espectadores.
b)
Após a deposição de Benito Mussolini, a vertente cinematográfica do
neorrealismo italiano prosseguiu produzindo filmes que estimulavam a veneração
do povo pelo antigo líder, exaltando, assim, a figura do ditador fascista.
c)
Benito Mussolini criou, em Roma, o Cinecittá, um dos maiores estúdios
cinematográficos do mundo, para produzir filmes que visavam a entreter o
público, ao mesmo tempo em que promovia os valores do regime fascista.
d) Com
a queda da censura, a política e a crítica social, marcas do Cinema Novo, voltaram
a ser tema de filmes brasileiros, como em Eles não usam black-tie, de Leon
Hirszman, que ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza.
e)
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Serviço Público de Informações de Guerra
para o Cinema, nos Estados Unidos, orientava as produções cinematográficas para
a exaltação do esforço de guerra.
Questão 2: Sobre o fenômeno da indústria
cultural, assinale o que for correto.
a)•
A cultura, matéria-prima da indústria cultural, é vista tanto como instrumento
da livre-expressão e do conhecimento quanto como produto permutável por
dinheiro e consumível como qualquer outro.
b)•
A indústria cultural inclui manifestações artísticas como a pintura e a
escultura.
c)•
A economia de mercado e a sociedade de consumo foram condições fundamentais
para o surgimento da indústria cultural.
d)•
A expressão foi cunhada pelos teóricos da escola de Frankfurt, em referência à
produção de cultura de massa.
(UEL
PR/2009)
3-Leia os
Textos V e VI.
>
Texto V
Eis aqui,
portanto, o princípio de quando se decidiu fazer o homem, e quando se buscou o
que devia entrar na carne do homem.
Havia
alimentos de todos os tipos. Os animais ensinaram o caminho. E moendo então as
espigas amarelas e as espigas brancas, Ixmucaná fez nove bebidas, e destas
provieram a força do homem. Isto fizeram os progenitores, Tepeu e Gucumatz,
assim chamados.
A seguir
decidiram sobre a criação e formação de nossa primeira mãe e pai. De milho
amarelo e de milho branco foi feita sua carne; de massa de milho foram feitos
seus braços e as pernas do homem. Unicamente massa de milho entrou na carne de
nossos pais.
(Adaptado:
SUESS, P. Popol Vuh: Mito dos Quiché da Guatemala
sobre sua
origem do milho e a criação do mundo. In: A conquista
espiritual
da América Espanhola: 200 documentos – Século XVI. Petrópolis:
Vozes,
1992, p. 32-33.)
>
Texto VI
“Se você
é o que você come, e consome comida industrializada, você é milho”, escreveu
Michael Pollan no livro O Dilema do Onívoro, lançado este ano no Brasil. Ele
estima que 25% da comida industrializada nos EUA contenha milho de alguma
forma: do refrigerante, passando pelo Ketchup, até as batatas fritas de uma
importante cadeia de fast food – isso se não contarmos vacas e galinhas que são
alimentadas quase exclusivamente com o grão.
O milho
foi escolhido como bola da vez devido ao seu baixo preço de mercado e também
porque os EUA produzem mais da metade do milho distribuído no mundo.
(Adaptado:
BURGOS, P. Show do milhão: milho na comida agora vira combustível.
Super
Interessante. Edição 247, 15 dez. 2007, p. 33.)
De acordo
com a crítica à “indústria cultural”, na sociedade capitalista avançada, a
produção e a reprodução da cultura se realizam sob a égide da padronização e da
racionalidade técnica.
No
contexto dessa crítica, considerando o fast food como produto cultural, é
correto afirmar:
a)
O consumo dos produtos da indústria do fast food e a satisfação dos novos
hábitos alimentares contribuem com a emancipação humana.
b)
A homogeneização dos hábitos alimentares reflete a inserção crítica dos
indivíduos na cultura de massa.
c)
A racionalidade técnica e a padronização dos valores alimentares permitem
ampliar as condições de liberdade e de autonomia dos cidadãos.
d)
A massificação dos produtos alimentares sob os ditames do mercado corresponde à
efetiva democratização da sociedade.
e) A
padronização dos hábitos e valores alimentares obedece aos ditames da lógica
material da sociedade industrializada.
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