quinta-feira, 6 de agosto de 2020

2º anos: A/B/C/D/E/F/G/H - Recuperação 2º bimestre - Sociologia- Profª Maria José

Boa tarde! Que todos estejam bem!
Roteiro: Recuperação referente ao 2º bimestre
Critérios estabelecidos: Ler com atenção os textos e responder as questões
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Recuperação 2º bimestre – 2º anos: A/B/C/D/E/F/G/H – Sociologia- Profª Maria José

Data de entrega: 10/08 – Recuperação para os alunos que de alguma forma não enviaram as atividades.

 

Nome:                                                                                                       serie:

 

 

Indústria Cultural

O que é Indústria Cultural? O tema também é importante para compreensão da produção artística contemporânea. 

 

conceito de indústria cultural foi desenvolvido por Theodor Adorno e Max Horkheimer no final do século XIX e início do século XX. Os estudiosos analisaram os impactos dos avanços tecnológicos proporcionados pela Revolução Industrial e o capitalismo no mundo das artes.

 

O que é Indústria Cultural?

 

O conceito desenvolvido por Adorno e Horkheimer se refere à ideia de produção em massa, comum nas fábricas e indústrias, que passou a ser adaptada à produção artística. É uma nova concepção de se fazer arte e cultura, utilizando-se técnicas do sistema capitalista. 

 

Dessa maneira, músicas, filmes, espetáculos e outras obras, são desenvolvidos sob a lógica de produção em massa. Há um pensamento dominante que passa a influenciar o modo como os artistas produzem e como os telespectadores consomem a cultura. Nesse conceito, um quadro ou uma música são reproduzidos de forma padronizada, mesmo que possuam cores e estilos diferentes. 

 

Segundo os autores, o objetivo da indústria cultural é o lucro e manutenção do pensamento dominante. Assim, a cultura passa a ser uma massa de manobra da população, que precisa ser mantida presa na ideologia dominante.

 

Origem da Indústria Cultural

 

Os sociólogos alemães Adorno e Horkheimer escreveram o livro “Dialética do esclarecimento”, cujo um dos capítulos aborda a noção de Indústria Cultural, no ano de 1944. Nesse período, o mundo testemunhava a consolidação dos regimes totalitários, como o Nazismo. Os próprios estudiosos precisaram se refugiar em outros países. 

 

Todo esse cenário político influenciou os intelectuais a refletir como a cultura também pode ser utilizada para legitimar determinados interesses. Os autores acreditam que a Indústria Cultural trata as pessoas como simples consumidores, acríticos, que são definidos a partir dos produtos consumidos, incluindo a produção artística. 

 

Nesse sentido, a Indústria Cultural define os produtos culturais, a sua quantidade e o tipo a ser consumido. Ela se encontra a serviço das classes dominantes, por isso ela é gerenciada de acordo com as suas necessidades e interesses. Assim, é promovido um padrão no qual as manifestações culturais devem se adequar para fazerem sucesso.

 



 

Características da Indústria Cultural

 

Nesse cenário, a indústria cultural passa a ser um mecanismo de controle dos indivíduos. A sua imposição acontece de cima para baixo e tem como objetivo padronizar, homogeneizar e fortalecer os valores capitalistas de consumo perante as grandes massas. Para isso, a própria indústria trabalha em prol da alienação das pessoas. Através dela é possível homogeneizar os gostos e interesses pessoais para que os produtos sejam consumidos sem uma reflexão a seu respeito.

 

Características da indústria cultural:

- O lucro é a sua finalidade

- Padronização dos gostos e interesses dos consumidores

- Massificação dos produtos

- Produtos fáceis de serem consumidos

- Homogeneização dos produtos (filmes, músicas, novelas, peças, etc são semelhantes e, por isso, acabam fazendo sucesso).

 

Escola de Frankfurt 

 

A Escola de Frankfurt foi um espaço de debate criado por cientistas sociais que buscavam debater diferentes questões da sociedade. Eles estudavam novas possibilidades que explicassem o desenvolvimento social da época, visto que acreditavam que a teoria marxista tradicional não dava conta de explicar o cenário das sociedades capitalista no século XX. 

 

Os pesquisadores, autores e sociólogos da Escola de Frankfurt criaram a Teoria Crítica, com bases na ideologia marxista. Além de ser uma oposição ao Iluminismo, a Teoria Crítica revelava o direcionamento das críticas da Escola de Frankfurt a uma ordem política e econômica do mundo.

 

Indústria Cultural no Brasil 

 

Apesar do conceito ter sido desenvolvido no século passado, ele ainda pode ser plicado na atualidade. A consolidação da indústria cultural no Brasil aconteceu de forma tardia. Durante a década de 1970 vários pesquisadores passaram a se interessar pelo tema e estudar os seus desdobramentos no país. Aqui a televisão e a sua influência na sociedade brasileira estiveram presente em diversos estudos, inclusive empíricos. 

 

Trazendo para uma realidade mais recente, pode-se falar da internet e das redes sociais como novos sujeitos da comunicação na atualidade. O fenômeno das Fake News - notícias falsas - é um bom exemplo de como a comunicação, a depender do modo como seja utilizada, pode ser prejudicial à sociedade. 

 

Outro fator interessante é notar as características da produção artística em massa na cultura brasileira. Na música, por exemplo, é possível notar o surgimento de novos cantores, com trabalhos que apresentam batidas e melodias semelhantes.

 

Questões sobre Indústria Cultural 

 

 

UEM PR/2014)

1-Ao lado de outros produtos da Indústria Cultural, o cinema, com sua linguagem aparentemente acessível e com sua facilidade de distribuição e de exposição ao grande público, desempenhou papel importante como instrumento de divulgação ideológica. Sobre a relação do cinema com o contexto político-social, assinale o que for correto.

 

a)    O cineasta Sergei Eisenstein não se restringia a contar histórias em seus filmes, preferindo usar a montagem de forma mais metafórica do que narrativa, evocando conceitos nas mentes dos espectadores.

b)     Após a deposição de Benito Mussolini, a vertente cinematográfica do neorrealismo italiano prosseguiu produzindo filmes que estimulavam a veneração do povo pelo antigo líder, exaltando, assim, a figura do ditador fascista.

c)     Benito Mussolini criou, em Roma, o Cinecittá, um dos maiores estúdios cinematográficos do mundo, para produzir filmes que visavam a entreter o público, ao mesmo tempo em que promovia os valores do regime fascista.

d)    Com a queda da censura, a política e a crítica social, marcas do Cinema Novo, voltaram a ser tema de filmes brasileiros, como em Eles não usam black-tie, de Leon Hirszman, que ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza.

e)     Durante a Segunda Guerra Mundial, o Serviço Público de Informações de Guerra para o Cinema, nos Estados Unidos, orientava as produções cinematográficas para a exaltação do esforço de guerra.

 

 

Questão 2: Sobre o fenômeno da indústria cultural, assinale o que for correto.

 

a)•     A cultura, matéria-prima da indústria cultural, é vista tanto como instrumento da livre-expressão e do conhecimento quanto como produto permutável por dinheiro e consumível como qualquer outro.

b)•     A indústria cultural inclui manifestações artísticas como a pintura e a escultura.

c)•     A economia de mercado e a sociedade de consumo foram condições fundamentais para o surgimento da indústria cultural.

d)•     A expressão foi cunhada pelos teóricos da escola de Frankfurt, em referência à produção de cultura de massa.

 

 

(UEL PR/2009)

 

3-Leia os Textos V e VI.

 

> Texto V

 

Eis aqui, portanto, o princípio de quando se decidiu fazer o homem, e quando se buscou o que devia entrar na carne do homem.

 

Havia alimentos de todos os tipos. Os animais ensinaram o caminho. E moendo então as espigas amarelas e as espigas brancas, Ixmucaná fez nove bebidas, e destas provieram a força do homem. Isto fizeram os progenitores, Tepeu e Gucumatz, assim chamados.

 

A seguir decidiram sobre a criação e formação de nossa primeira mãe e pai. De milho amarelo e de milho branco foi feita sua carne; de massa de milho foram feitos seus braços e as pernas do homem. Unicamente massa de milho entrou na carne de nossos pais.

 

(Adaptado: SUESS, P. Popol Vuh: Mito dos Quiché da Guatemala

 

sobre sua origem do milho e a criação do mundo. In: A conquista

 

espiritual da América Espanhola: 200 documentos – Século XVI. Petrópolis:

 

Vozes, 1992, p. 32-33.)

 

 

> Texto VI

 

“Se você é o que você come, e consome comida industrializada, você é milho”, escreveu Michael Pollan no livro O Dilema do Onívoro, lançado este ano no Brasil. Ele estima que 25% da comida industrializada nos EUA contenha milho de alguma forma: do refrigerante, passando pelo Ketchup, até as batatas fritas de uma importante cadeia de fast food – isso se não contarmos vacas e galinhas que são alimentadas quase exclusivamente com o grão.

 

O milho foi escolhido como bola da vez devido ao seu baixo preço de mercado e também porque os EUA produzem mais da metade do milho distribuído no mundo.

 

(Adaptado: BURGOS, P. Show do milhão: milho na comida agora vira combustível.

 

Super Interessante. Edição 247, 15 dez. 2007, p. 33.)

 

De acordo com a crítica à “indústria cultural”, na sociedade capitalista avançada, a produção e a reprodução da cultura se realizam sob a égide da padronização e da racionalidade técnica.

 

No contexto dessa crítica, considerando o fast food como produto cultural, é correto afirmar:

 

a)     O consumo dos produtos da indústria do fast food e a satisfação dos novos hábitos alimentares contribuem com a emancipação humana.

b)     A homogeneização dos hábitos alimentares reflete a inserção crítica dos indivíduos na cultura de massa.

c)     A racionalidade técnica e a padronização dos valores alimentares permitem ampliar as condições de liberdade e de autonomia dos cidadãos.

d)     A massificação dos produtos alimentares sob os ditames do mercado corresponde à efetiva democratização da sociedade.

e)    A padronização dos hábitos e valores alimentares obedece aos ditames da lógica material da sociedade industrializada.

 

 

 

 


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